Seja bem vindo,
espero que estejas bem de saúde!!
Já aconteceu
contigo, sentar diante dum computador ou mesmo de uma folha, prestes a iniciar
um projecto, a mente para mostrar-te que das coisas nascem coisas e ela, simplesmente,
oferecer-te um grande e incrível NADA?
Eu particularmente
não acredito, necessariamente, que exista bloqueio criativo. Quando se pergunta
a certas pessoas sobre os métodos que usam para contornar o “bloqueio
criativo”, ou melhor, o grande NADA que a mente oferece, as respostas comuns
são:
Saio para dar uma
volta, escuto músicas que me dão inspiração, bebo um copo de cerveja para
estimular a minha criatividade, aprecio trabalhos que admiro, e por aí em
diante.
Mas, como contornar
essa situação? Pretendo neste pequeno artigo oferecer algumas soluções que tem
me auxiliado na execução do meu trabalho como designer gráfico. É possível
elaborar projecto sem ter o “bloqueio criativo”? Claro que é possível, eu sou
freelancer, trabalhador independente e dependo da minha capacidade criativa
para pagar as minhas contas, o que seria de mim se tivesse o tal “bloqueio
criativo”? Um frustrado, talvez.
Há um método tão
velho ao mesmo tempo importante, que tem servido como meio primordial para dar
início a um projecto, é usado por escritores, músicos, cientistas, arquitectos,
designers, e etc.
Acredito que já
tenhas escutado e/ou lido em algum lugar termos como: Sketch, esboço, Rabisco
ou simplesmente ManhokoNhoko. Bom, esses termos indicam a técnica de exploração de ideias, se assim os posso caracterizar,
que são feitas de forma rápida através de imagens com o objectivo de explorar
vários conceito.
Qual é a novidade?
“Sem processo não
há ideia”, diz Jarrod Drysdale. Isso explica tudo, em toda criação há sempre um
processo. E graças a certos processos, como é o caso do sketch ou ManhokoNhoko,
podemos evitar os “bloqueios criativos”.
Fazer sketch ou
ManhokoNhoko é um exercício produtivo, pois, ajuda-nos a obter uma lista enorme
de ideias, ajuda-nos a fazer com que nossa mão obedeça os comandos enviado pela
nossa mente, como também pode proporcionar a possibilidade de explorar vários
conceitos em pouco tempo. Esses Rabisco devem ser feitos de forma rápida sem se
preocupar com a beleza, também porque não é obrigatório mostrar a alguém, se
não quiser.
É certo que os
primeiros sketches podem não ser correctos ou adequados, e é aí onde a magia acontece.
Quanto mais rabiscos existir, mais conceitos haverão por se explorar com a
ajuda da pesquisa, intuição e insight.
Há quem possui
habilidades incríveis para desenhar, com isso, pula a etapa de Manhokonhoko e o
resultado é o “Bloqueio criativo”. Motivos
são vários, para alguns desenhar é perca de tempo. Realmente, concordo que o
acto de desenhar requer tempo e paciência, enquanto que o bloqueio criativo
consome tempo e não dá nenhum resultado para além do grande NADA, o desenho pode
até nos proporcionar uma sensação de realização. Apesar de tudo, não estou aqui
a dizer que deve-se fazer desenhos e, sim fazer rabiscos.
Sketches ou
ManhokoNhoko não devem ser bonitos, são traços feitos de forma rápida e que em
poucos minutos pode-se ter várias ideias úteis que podem levar-te a ideia que possivelmente
possa usar em seu projecto.
Como diz Thiago
Fonseca, “no acto da criação há mais de trabalho que criação”. Pensar que as
boas ideias surgirão do nada é esperar criar um grande e inovador NADA.
Com a técnica de
ManhokoNhoko pode se obter várias possibilidades. Podemos, até, ter o privilégio
de escolher entre várias opções de conceitos e começar a explorar a ideia que
se adequa ao nosso propósito sem nenhum “bloqueio criativo”. Há mais! pode-se
partilhar o processo com o público ou cliente, mostrando a evolução desde a
fecundação até ao bebé, se é que me entende.
A vida não é um filme,
mas um filme pode retratar uma vida. Quero dizer que não podemos ir a uma
batalha sem armas, sem conhecer o campo e, principalmente, sem estratégias. De
outro modo, não podemos simplesmente abrir um software, com um copo de café ao
lado e uma música que nos faz sentir o dono do mundo, sem saber o que queremos
projectar esperando que a ideia caia do céu como se fosse chuva. A propósito, a
chuva não cai do nada, ela é consequência do ciclo hidrológico (Processo).
Quero mais uma vez
agradecer por visitar o blog e ler o artigo. Permita-me saber o método que usa
para ultrapassar o grande e incrível NADA na hora de criação. Deixe a sua opinião
ai nos comentários ↓
Abraços!!
Imagem: Sketche para campanha de Hillary Clinton por Michael Bierut