Em Moçambique, particularmente, os leitores, escritores, editores e revisores têm reclamado do preço dos livros e do facto das pessoas não aderirem aos mesmos.
Em meio a essa dificuldade ou desafio há outra que surge, que é a promulgação dos mesmos. O que acontece é que tem se feito comparações com os países que estão muito à frente em termos de lançamento, venda, qualidade, e o números de leitores que possuem.
O que pouco se considera é o trabalho que esses países que se encontram à frente exerceram para atingir esse patamar de sucesso no mercado editorial. Um livro é produto, cujo conteúdo é ou deve ter o seu preço e deve se considerar que para além do material fornecido pelo autor, durante a materialização do livro são vários os intervenientes no processo até a sua materialização.
Hoje em dia é indiscutível o crescimento de pessoas que constantemente buscam solidificar esse mercado através de eventos de lançamento de livros, feiras de livros, clubes de leitura, comunicação constante nas plataformas digitais e eventos considerados culturais que incentivam a leitura. E pouco se nota sobre planeamento e estratégia de venda deste produto. Afinal de contas, tudo que é produto precisa de um trabalho de disseminação para obtenção do valor investido durante a materialização do produto, quiçá o seu devido lucro. E nessa vertente o que se sucede é que os livros são lançados e distribuídos pelas livrarias que contém diversos títulos internacionais que, geralmente, têm um trabalho de marketing que resulta na sua notoriedade diante do público com o poder de compra.
Contudo, para que os livros ou esses produtos tenham saída e procura no mercado há um trabalho que deve ser feito para além do lindo trabalho que tem vindo a ser feito, salvo os que pretendem lançar um livro simplesmente para exposição nas prateleiras das livrarias.