Os produtos têm como finalidade o consumo.
Da mesma forma que o sabor, a aparência e o aroma de determinada comida pode ser determinante para desencadear o apetite e o desejo em nós, o livro também possui camadas que podem influenciar no acto da escolha para os leitores que desconhecem o autor ou uma determinada colecção.
Quantas vezes nos encontramos a comer e a sentir algo e o quão bom é até nos interessarmos em conhecer ou saber sobre a pessoa responsável por confeccionar a iguaria? Muitas, suponho.
O projecto de concepção gráfica de um livro é tão importante quanto a qualidade do conteúdo que está nele contido. O título deve ser um atractivo, o jogo visual da capa deve ser um atractivo, a forma que o conteúdo é disposto deve ser um atractivo, a articulação das palavras para dar a entender uma ideia deve ser atractivo...
Mas antes de alguém pegar em um livro, ele vê. Consideremos um lugar em que há vários outros livros que muitas vezes estão dispostos em categoria. É mais provável que a pessoa olhe o que chama-o atenção inicialmente, e depois se depara com uma outra mais interessante e que para além de chamar atenção possui um título cuja representação visual reforça o título do mesmo e transmite uma ideia e ou desperte a curiosidade no potencial cliente. Qual dos dois livros têm mais probabilidade de ser folheado?
Portanto, cabe a nós compreender que a capa é a embalagem do produto. A embalagem protege e nos alicia a querer o produto. A capa do livro protege o miolo e nos desperta a curiosidade de querer navegar entre as páginas dos livros bem concebidos.